quarta-feira, 12 de dezembro de 2007

hi-no à .... ih, no!

Vozes abafadas. Eles choram. Suas lágrimas, como águas salgadas, sobem às nuvens e chegam aos pés dos homens; pisam-lhes dia a dia as expressões de desespero, de um povo esquecido, ou talvez lembrado no momento de trancar as portas, ou fechar de súbito as janelas do carro. Um povo que se cansa de ser tratado por números negativos em pesquisas, mas que quer ser chamado pelo nome, que quer ser lembrado com saudade, ser olhado olho-a-olho. Um povo cansado de auto-comiseração, que quer auto-suficiência, que quer liberdade, expressão. Um povo que ama, que tem coração, que não tem medo da terra nem da escuridão. Povo que tem fome de justiça, e não mais de pão, que tem sede de vida, de libertação. Povo criado e tecido no ventre pelas mesmas mãos que me criou, que determinou o céu e o que há debaixo e acima dele.

O ápice da expressão de amor de Deus pela humanidade nos trouxe O Salvador, o qual não fez distinção entre olhares, beleza ou habilidades, o qual derramou o que definitivamente não lhe era essencial à VIDA, por graça, para que TODOS, todos tenham direito à salvação.



-foto: Sebastião Salgado

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